Imagens do Estado Novo 1937-45 - LM Parte 2
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A segunda parte da série “Imagens do Estado Novo 1937-45” começa na madrugada de 10 de novembro de 1937, quando a Câmara e o Senado são cercados por tropas da cavalaria do Rio de Janeiro e o golpe é consumado. Ladeado por ministros de seu governo e do chefe de polícia, Filinto Muller, Getúlio Vargas anuncia à população, pelo rádio, que uma nova Constituição entra em vigor. O Congresso é fechado, mas 80 parlamentares apressam-se a manifestar apoio a Vargas. Apenas o ministro da agricultura, Odilon Braga, deixa o governo. Oswaldo Aranha condena o golpe e pede demissão, recusada por Getúlio por considerá-lo uma peça chave na relação do Brasil com os EUA. O país muda de regime sem abalos aparentes: no dia seguinte ao golpe o comércio funciona normalmente. Apesar disso, o Governo passa a censurar livros em escolas, bibliotecas e livrarias; Jorge Amado é preso e tem seus livros, junto com os de José Lins do Rego, queimados em praça pública, a exemplo do que ocorrera na Alemanha com a ascensão de Hitler. Num grande espetáculo político que contou com a presença de Villa Lobos, as bandeiras estaduais são queimadas e substituídas pela bandeira nacional. Ao contrário do que Getúlio prometera, Plínio Salgado não é nomeado ministro, e a Ação Integralista é desprezada. Estreia o filme Descobrimento do Brasil, de Humberto Mauro, cuja cena da primeira missa retrata índios e colonizadores em convivência pacífica, o que corresponderia às relações sociais predominantes no Estado Novo. O nacionalismo passa a ser peça fundamental da política de Vargas. Os partidos políticos são extintos, e Getúlio começa a comunicar-se diretamente com os eleitores, por carta. Embora tente manter posição equidistante entre Alemanha e Estados Unidos, o governo adota medidas repressivas contra imigrantes, em particular a colônia alemã. Escolas e manifestações culturais são proibidas de utilizar idioma estrangeiro. Em 1º de maio de 1938, Getúlio anuncia a criação do salário mínimo. Cresce sua popularidade. Os integralistas tentam um golpe que, mal sucedido, aumenta o prestígio de Vargas e leva ao aumento do número de prisões, com relatos de torturas de homens e mulheres. Liberais como Armando Salles de Oliveira, Otávio Mangabeira e Júlio de Mesquita Filho, proprietário do jornal O Estado de S. Paulo, partem para o exílio. Cria-se um departamento secreto para a guarda pessoal de Getúlio, supervisionado por seu irmão, Benjamin Vargas, e Gregório Fortunato, antigo peão de gado e integrante da Brigada Militar gaúcha, assume a chefia da guarda. Cinejornais norte-americanos do período não falam de torturas ou censura, mas retratam as boas relações entre Brasil e EUA: os interesses econômicos e estratégicos se sobrepõem às divergências ideológicas. O período é marcado pela diversificação da economia, com a extração de ferro, carvão, petróleo, borracha. O projeto modernizador, que já começara em 1930, quer forjar uma identidade nacional, um novo homem. Iniciativas culturais inovadoras atraem artistas e intelectuais, inclusive comunistas, a participar do ministério da educação liderado por Gustavo Capanema, com Carlos Drummond de Andrade na chefia de gabinete.

Produção: Cláudio Kahns

Roteiro: Eduardo Escorel, Flávia Castro

Empresa(s) produtora(s): Brasil 1500

Edição de som: João Jabace

Pesquisa de Imagens: Antônio Venâncio

Montagem: Eduardo Escorel, Pedro Bronz

Trilha Sonora: Hermelino Neder, Newton Carneiro

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Etapa/Nível de Ensino: Ensino Fundamental - Anos Finais, Ensino Médio

Área de Ensino: Ciências Humanas

Componente Curricular/Disciplina: História, Sociologia


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114 min
2016
Brasil
AL

Séries: Imagens do Estado Novo 1937-45 - Versão LONGA METRAGEM | 2 Episódios de 114 Minutos

Diretor: Eduardo Escorel

Sinopse: A segunda parte da série “Imagens do Estado Novo 1937-45” começa na madrugada de 10 de novembro de 1937, quando a Câmara e o Senado são cercados por tropas da cavalaria do Rio de Janeiro e o golpe é consumado. Ladeado por ministros de seu governo e do chefe de polícia, Filinto Muller, Getúlio Vargas anuncia à população, pelo rádio, que uma nova Constituição entra em vigor. O Congresso é fechado, mas 80 parlamentares apressam-se a manifestar apoio a Vargas. Apenas o ministro da agricultura, Odilon Braga, deixa o governo. Oswaldo Aranha condena o golpe e pede demissão, recusada por Getúlio por considerá-lo uma peça chave na relação do Brasil com os EUA. O país muda de regime sem abalos aparentes: no dia seguinte ao golpe o comércio funciona normalmente. Apesar disso, o Governo passa a censurar livros em escolas, bibliotecas e livrarias; Jorge Amado é preso e tem seus livros, junto com os de José Lins do Rego, queimados em praça pública, a exemplo do que ocorrera na Alemanha com a ascensão de Hitler. Num grande espetáculo político que contou com a presença de Villa Lobos, as bandeiras estaduais são queimadas e substituídas pela bandeira nacional. Ao contrário do que Getúlio prometera, Plínio Salgado não é nomeado ministro, e a Ação Integralista é desprezada. Estreia o filme Descobrimento do Brasil, de Humberto Mauro, cuja cena da primeira missa retrata índios e colonizadores em convivência pacífica, o que corresponderia às relações sociais predominantes no Estado Novo. O nacionalismo passa a ser peça fundamental da política de Vargas. Os partidos políticos são extintos, e Getúlio começa a comunicar-se diretamente com os eleitores, por carta. Embora tente manter posição equidistante entre Alemanha e Estados Unidos, o governo adota medidas repressivas contra imigrantes, em particular a colônia alemã. Escolas e manifestações culturais são proibidas de utilizar idioma estrangeiro. Em 1º de maio de 1938, Getúlio anuncia a criação do salário mínimo. Cresce sua popularidade. Os integralistas tentam um golpe que, mal sucedido, aumenta o prestígio de Vargas e leva ao aumento do número de prisões, com relatos de torturas de homens e mulheres. Liberais como Armando Salles de Oliveira, Otávio Mangabeira e Júlio de Mesquita Filho, proprietário do jornal O Estado de S. Paulo, partem para o exílio. Cria-se um departamento secreto para a guarda pessoal de Getúlio, supervisionado por seu irmão, Benjamin Vargas, e Gregório Fortunato, antigo peão de gado e integrante da Brigada Militar gaúcha, assume a chefia da guarda. Cinejornais norte-americanos do período não falam de torturas ou censura, mas retratam as boas relações entre Brasil e EUA: os interesses econômicos e estratégicos se sobrepõem às divergências ideológicas. O período é marcado pela diversificação da economia, com a extração de ferro, carvão, petróleo, borracha. O projeto modernizador, que já começara em 1930, quer forjar uma identidade nacional, um novo homem. Iniciativas culturais inovadoras atraem artistas e intelectuais, inclusive comunistas, a participar do ministério da educação liderado por Gustavo Capanema, com Carlos Drummond de Andrade na chefia de gabinete.

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