Tivemos como objetivo iniciar o trabalho definido para tal ano letivo, o qual compunha-se de uma visão sobre a leitura do mundo por diversas maneiras, focando-se na linguagem cinematográfica e permeando os universos marginais de nossa sociedade, como favelas, guetos urbanos e nichos de minorias. Para tal, o curta "Ilha das Flores, mostrou-se ideal.
Primeiramente, houve a exibição do curta. Tivemos como objetivo impactar os alunos, sem nenhum comentário prévio. Após a exibição, abriu-se a discussão a respeito do conceito de liberdade em nossa soicedade e se tal atribuição humana podia ser vista como uma característica subjetiva. Em um segundo momento, iniciamos o trabalho técnico, mostrando como foram os passos até a finalização daquele trabalho. Com a ajuda do roteiro, também disponível no site do Porta Curtas, apresentamos aos alunos tal gênero textal. Por fim, iniciou-se a produção de esboços de roteiros pelos próprios alunos, uma vez que o objetivo seria a produção de um futuro Curta, produzido pelos próprios alunos, o qual realizou-se posteriormente.
Um soco no estômago! Essa foi a reação de 90% dos alunos que participaram deste trabalho. Adolescentes, pueris ainda nas relações que regem nossa sociedade e cravados no concreto de uma classe média, puderam assistir o outro lado da história. Em diversos alunos, pode-se perceber os risos iniciais, devido a dinâmica e irônica narrativa do filme, porém as lágrimas, ao fim, sucumbiram qualquer mostrar de dentes. No trabalho técnico, especificamente, gerou-se a instigação por trabalhar esse tipo de mídia. A maioria dos alunos não conheciam curtas metragens e fora satisfatório ser indagado sobre aquele modo de produção. Por fim, na realização dos curtas, que se seu mais tarde no ano letivo, tivemos como resultado, predominantemente e com influência direta do Ilha das Flores; temas marginais e denunciadores, como alguns inspirados no poema de Manoel Bandeira, "O bicho", outros em moradores de ruas e tantos mais.
