O uso do filme em sala de aula foi para levar o aluno a uma reflexão não só sobre o filme,mas sobre a vida,enfatizando detalhes que muitas vezes são despercebidos,devido ao contexto atual em que vivem,em que as pessoas não têm tempo para nada,principalmente, para
pensarem em solidariedade,caridade,boas ações etc.O filme "não é ficção" e para aquelas pessoas "Deus não existe": estas frases dão início a uma longa reflexão e até mesmo a quebra de estereótipos já concretizados na sociedade,uma vez que aparece a palavra Deus, o que instaura até um certo incômodo
para as pessoas,pois contradiz o que se acredita.Tudo isso desencadeia uma série de questionamentos para quem assiste ao filme e,conseqüentemente,a curiosidade e a busca por respostas são instauradas no aluno.
As atividade focadas foram:elaboração de resenhas críticas com posicionamento de opiniões em lugares discursivos diferentes, tais como:"dono dos porcos",as pessoas sofridas, a dona de casa,o agricultor;levantamento das principais figuras de linguagem e inferências com momentos do filme (ironia,metáfora,hipérbole)e trabalho com a intertextualidade entre obras literárias Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto e Vidas Secas de Graciliano Ramos.
Os alunos gostaram muito do filme, mas a reação de revolta e pena são sempre evidentes, pois aquela"não é a vida deles".Comentaram,se manifestaram,alguns disseram que ficaram com o filme "na cabeça" a semana toda e que toda vez que viam ou comiam um tomate lembravam da cena e evitavam a situação!Acredito que foi um grande aprendizado,pois as resenhas,os trabalhos sobre intertextualidade e a análise de figuras de linguagem foram satisfatórios.Ao apresentarem, em grupos, o resultado das produções escritas em forma de seminários, senti o envolvimento e o interesse presentes nos olhos de cada um.Com certeza, a essência ficou e foi uma longa reflexão sobre a vida!
