A partir da proposição aristotélica de que o homem é um animal político, o filme foi utilizado como um instrumento de redefinição do Homem.
Observamos as semelhaças entre o filme e o pensamento do filósofo; a construção analítica do filme, a família e a definição de Homem.Discutimos a citação "Estado-nasce para... assegurar o viver bem" apresentada por Aristóteles.
Por fim a principal reflexão foi sobre a suficiência em definir o homem com um ser que só é na convivência com seus semelhantes e que apenas dessa forma conhecerá o que é justo ou injusto, bom ou mau. A discussão sobre esses aspectos foi muito significativa, já que no filme temos a "convivência dos miseráveis" e a suposta bondade do "proprietário dos porcos" em permitir a entra das pessoas em seu terreno.
Análise do texto "Política", de Aristóteles (Livro I).Exibição do filme.Construção de um quadro de semelhanças entre o texto e o filme. Construção de um quadro de problemas que o filme traz para texto.Discussão dos quadros .Discussão em grupos de questões dirigidas. Conclusões apresentadas em um debate
Resultado mais interessante foi a percepção de que a "Definição do Homem" é mais complexa do que se pensava, que falar do Homem é falar de nós mesmos e da necessidade de repensarmos a relação que temos com os outros da mesma espécie.
Observamos, no que se refere a reação dos alunos, dois pontos: uma dificuldade inicial de "entrar" no filme em virtude da sua "rápida" construção - fato interessante porque muito se diz da rapidez desse mundo e dos adolecentes! O outro ponto é a passagem da descontração inicial para o choque final, o que nos faz lembrar a motivação primeira da filosofia: o espanto.
