Relato de atividade em sala de aula

EM QUE PROFESSOR(A) A SUA HISTÓRIA DE VIDA LHE (TRANS)FORMOU?

22/09/2008
Geografia, História
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Marcea Sales



Debater a importância da memória na/para formação do professor das primeiras séries do Ensino Fundamental.Problematizar a formação docente - pessoal e profissional - para a contrução do Memorial-Formação.Criar estratégias para a escrita apoiada do Memorial-Formação de professores do Ensino Fundamental.Produzir escritas memorialisticas sobre o processo formativo dos professores das primeiras séries do Ensino Fundamental.

Leitura e discussão de textos sobre Memória e Formação Docente. Construção da linha do tempo: histórias pessoais e profissionais do professor das primeiras séries do Ensino Fundamental. Leitura fílmica do curta Brevíssima História das Gentes de Santos (André Klotzel, 1996). Produção de textos memorialisticos sobre as histórias de vida dos professores das primeiras séries do Ensino Fundamental

Essa proposta foi desenvolvida em uma Licenciatura em Pedagogia no sertão baiano - parceria entre a FACED/UFBA e Prefeitura Municipal de Irecê para qualificar professores. Como atividade de Registro e Produção temos o Memorial-Formação, e nele adoto a pesquisa (auto)biográfica para debater o processo da formação destes professores. Em que professor/a a sua história de vida lhe (trans)formou? Esta questão acompanha todo o (per)curso na/da formação dos professores. Para puxar o fio do novelo da memória, ainda embaraçado pelo tempo, trabalhei com o Curta Brevíssima História das Gentes de Santos (1996).Construimos a genealogia desta cidade paulista, apresentada ficticiamente, e os professores passam a compreender a História como campo de conhecimento, participando dela. Relatos sobre as histórias das gentes do sertão emergem e aquecem a narrativa que vai tecendo a história de cada um/a.Antes do filme, construímos a linha do tempo - um exercício de localização tempo-espacial das histórias de cada um/a. Depois, assistimos ao Curta e observamos a linha do tempo da cidade de Santos/SP, narrada de maneira envolvente por Ney Latorraca. A linguagem fílmica é adotada para o trabalho no curso, pareada com outras linguagens: escrita, televisiva, midiática... A experiência estética e o passeio histórico vivenciado com o filme proporcionam a reconstrução das histórias dos professores de Irecê/BA que saboreiam sua identidade e etnicidade - auto-consciência da especificidade cultural e social de um grupo particular.Não é a primeira vez que trabalho com Curtas do site e as experiências são singulares. Com o Brevíssimas Histórias... a trama da realidade e da ficção é tecida e as histórias das gentes da educação vai sendo contada, recuperando o tempo-espaço de narrativas locais, fundamentais para a memória da educação destes professores. Assim o filme segue cumprindo o seu ideal de entremear a história de várias gerações e de um lugar.