Usei o filme como ferramenta de cultura e conhecimento numa aula diferenciada para alunos do terceiro ano do Ensino Médio.
O objetivo da aula foi lúdico: sensibilizar os alunos para as outras linguagens além do livro didático, quadro e giz; atingir alunos apáticos com um texto chocante que é o Ilha da Flores.
Comentei com os alunos sobre o projeto Curta na Escola e conversamos sobre o incentivo de algumas empresas para a cultura no Brasil.Questionei se eles sabiam o que era um curta-metragem e se eles conheciam algum curta brasileiro.Em seguida assistimos Ilha das Flores. Filme terminado, foi aberto um debate com os alunos sobre aspectos importantes do curta sob a ótica deles.
Pela primeira vez consegui que toda turma participasse: fizeram silêncio absoluto durante a exibição e fiquei impressionada com a receptividade ao texto. Miryella Bettiol, uma das alunas, disse que nenhum professor de Lìngua Portuguesa havia passado material diferente nas aulas e que foi de grande proveito ver e analisar questões sociais de uma forma diferente. No texto de Ilha das Flores, segundo os alunos, o que mais doeu e incomodou foi as pessoas serem menos que porcos. Chamaram a atenção sobre a ênfase dada pelo narrador, que repetiu o tempo todo que as personagens eram seres humanos com massa encefálica desenvolvida e polegar opositor. Debateram o capitalismo selvagem tão bem representado no texto.Enfim, eu fiquei feliz com resultado da aula e pretendo seguir com os curtas!
