Abordar o lixo moral e social e suas consequências foi nosso propósito. O tamanho do lixo moral retratado no filme serve para conscientizar os alunos sobre a realidade de muitas pessoas que vivem em situações sub-humanas, mas que pode ser revertida através da solidariedade e informação.Abordamos também a importância de saberem quem está traballhando a nosso favor, para que
votassem conscientemente e começassem a mudar a sociedade.
A partir dos objetivos traçados começamos envolver os alunos de modo que pensassem no que fazer com a quantidade de lixo que o planeta está absorvendo, não só o lixo orgânico, mas também a situação da pobreza vocabular que vem assolando a sociedade dia após dia. Quero lembrar que quando este projeto foi feito, ainda não existia o "Curta na Escola", no entanto eu e outra professora (Elza Ferreira da Cruz que não trabalha mais conosco) conseguimos este filme ainda em fita de vídeo cassete, assistimos, adoramos e resolvemos abordar o tema que já fazia parte de nossas preocupaçoes.Abordamos ainda a recilagem despertando a consciência ecologica dos discentes. Lembramos a eles que o lixo é de todos e ainda que muitas coisas que são consideradas lixo para uns, é o luxo para outros, como aconteceu no curta "Ilha das flores". Aproveitamos para analisar o lixo vocabular, vícios de liguagem e erros que muitas vezes passam sem que os percebamos.Usamos ainda outros materiais pedagógicos para relacionar ao filme, tais como a poesia "O Bicho" de Manoel Bandeira e o conto "O lixo".
O projeto culminou com apresentações no auditório, exposições, comidas e materias reciclados, além de sermos convidados para apresentar a dramatização para um evento da CRMIV em Bangu.
Os alunos já não estão conosco, pois se formaram naquele mesmo ano, porém, sabemos que nunca esqueceram o filme e a experiência.
Esta foi uma das experiências mais marcantes para mim e, com certeza, para escola. Foi praticamente meu primeiro projeto na escola e era minha primeira matrícula como professora! Até a data do evento é vaga, pois não registramos.Tenho algumas fotos que foram enviadas ao Jornal Educar da APAI. Sei que foi antes de 2003, pois a partir daí os eventos passaram a ser constantes.
A reação dos alunos não poderia ser melhor! Os alunos que participaram eram, na maioria, do 3° ano. Os outros que assistiram manifestaram interesse em participar nesse tipo de atividade.Vocês não sabem o quanto é importante para mim este relato! Concorrer ao prêmio é bom? Claro... Porém, nada como o prazer de ver um trabalho valorizado.
