*Notas da especialista, Alice Gonzaga:

"Considerado um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos na recente votação da Abbracine (2016).

Foi o primeiro filme brasileiro a usar conscientemente algumas proposições da Psicanálise, como símbolos fálicos. Ao assumir a influência, o diretor Humberto Mauro sofreu chacotas da crítica e acabou sendo chamado de Freud de Cascadura, em alusão ao bairro suburbano carioca.

Utiliza, entre outras locações, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Fábrica de Cimentos Portland, então em construção, e atualmente localizada no município de São Gonçalo-RJ.

A atriz Dea Selva tinha 14 anos quando foi selecionada para para viver a protagonista feminina, e os vestidos usados por ela exploram motivos modernistas e art-déco.

Foi o último filme brasileiro lançado com a trilha sonora gravada pelo processo Vitaphone (som gravado em discos).

Primeira trilha musical organizada pelo maestro, compositor, pianista e arranjador Radames Gnatalli, que escreveu duas canções para o filme.

O ator protagonista, Durval Bellini, era remador do Flamengo e participou das Olimpíadas de Los Angeles em 1932, interrompendo as filmagens. Na condição de Polícia Especial, foi o carcereiro de Luis Carlos Prestes, após sua prisão em 1935. Bellini contava que o prisioneiro era bastante afável e nunca deu trabalho.

O afamado diretor de fotografia Edgar Brasil faz uma ponta na cena do bar, e o produtor Adhemar Gonzaga faz uma participação na cena do açude.

Em algumas cenas o ator Durval Bellini, de tão forte que era, carrega o câmera nos ombros.

A locação da sequência de abertura é o famoso Palacete Martinelli, na Av. Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

O palavra ganga significa rotineiramente impureza, mas, no jargão dos garimpeiros das Minas Gerais, é a cobertura áspera, bruta e feia que envolve a pepita de ouro ou diamante. A ganga enganaria o observador desatento."

- Alice Gonzaga é escritora, pesquisadora, produtora, diretora e empresária do ramo cinematográfico; é filha de Adhemar Gonzaga, fundador da Cinédia." /> Ganga Bruta

Ganga Bruta
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"Ganga Bruta" é a história de um jovem que, sabendo-se enganado pela noiva na noite do casamento, mata-a, alucinado. Absolvido, vai para uma pequena cidade do interior contratado para serviços de construção. Lá encontra outra linda mulher, mas Sônia é noiva de Décio. Apaixona-se por ela, bebe para esquecer e a bebida lhe dá uma covarde força. Agora, o desespero é de Décio, ao saber que perdeu Sônia. E ele procura o outro, para um desforço a fim de que reste apenas um para o amor de Sônia. <br> <br> <b>*Notas da especialista, Alice Gonzaga:</b> <br> <br> "Considerado um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos na recente votação da Abbracine (2016). <br> <br> Foi o primeiro filme brasileiro a usar conscientemente algumas proposições da Psicanálise, como símbolos fálicos. Ao assumir a influência, o diretor Humberto Mauro sofreu chacotas da crítica e acabou sendo chamado de Freud de Cascadura, em alusão ao bairro suburbano carioca. <br> <br> Utiliza, entre outras locações, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Fábrica de Cimentos Portland, então em construção, e atualmente localizada no município de São Gonçalo-RJ. <br> <br> A atriz Dea Selva tinha 14 anos quando foi selecionada para para viver a protagonista feminina, e os vestidos usados por ela exploram motivos modernistas e art-déco. <br> <br> Foi o último filme brasileiro lançado com a trilha sonora gravada pelo processo Vitaphone (som gravado em discos). <br> <br> Primeira trilha musical organizada pelo maestro, compositor, pianista e arranjador Radames Gnatalli, que escreveu duas canções para o filme. <br> <br> O ator protagonista, Durval Bellini, era remador do Flamengo e participou das Olimpíadas de Los Angeles em 1932, interrompendo as filmagens. Na condição de Polícia Especial, foi o carcereiro de Luis Carlos Prestes, após sua prisão em 1935. Bellini contava que o prisioneiro era bastante afável e nunca deu trabalho. <br> <br> O afamado diretor de fotografia Edgar Brasil faz uma ponta na cena do bar, e o produtor Adhemar Gonzaga faz uma participação na cena do açude. <br> <br> Em algumas cenas o ator Durval Bellini, de tão forte que era, carrega o câmera nos ombros. <br> <br> A locação da sequência de abertura é o famoso Palacete Martinelli, na Av. Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro. <br> <br> O palavra ganga significa rotineiramente impureza, mas, no jargão dos garimpeiros das Minas Gerais, é a cobertura áspera, bruta e feia que envolve a pepita de ouro ou diamante. A ganga enganaria o observador desatento." <br> <br> <i>- Alice Gonzaga é escritora, pesquisadora, produtora, diretora e empresária do ramo cinematográfico; é filha de Adhemar Gonzaga, fundador da Cinédia.</i>

Empresa(s) produtora(s): Cinédia Estúdios Cinematográficos

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Etapa/Nível de Ensino: Ensino Médio

Área de Ensino: Linguagens

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82 min
1933
Brasil
RJ
AL

Diretor: Humberto Mauro

Elenco: Alfredo NunesAndréa DuarteDéa SelvaDécio MurilloDurval BelliniLu Marival

Sinopse: "Ganga Bruta" é a história de um jovem que, sabendo-se enganado pela noiva na noite do casamento, mata-a, alucinado. Absolvido, vai para uma pequena cidade do interior contratado para serviços de construção. Lá encontra outra linda mulher, mas Sônia é noiva de Décio. Apaixona-se por ela, bebe para esquecer e a bebida lhe dá uma covarde força. Agora, o desespero é de Décio, ao saber que perdeu Sônia. E ele procura o outro, para um desforço a fim de que reste apenas um para o amor de Sônia.

*Notas da especialista, Alice Gonzaga:

"Considerado um dos cem melhores filmes brasileiros de todos os tempos na recente votação da Abbracine (2016).

Foi o primeiro filme brasileiro a usar conscientemente algumas proposições da Psicanálise, como símbolos fálicos. Ao assumir a influência, o diretor Humberto Mauro sofreu chacotas da crítica e acabou sendo chamado de Freud de Cascadura, em alusão ao bairro suburbano carioca.

Utiliza, entre outras locações, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Fábrica de Cimentos Portland, então em construção, e atualmente localizada no município de São Gonçalo-RJ.

A atriz Dea Selva tinha 14 anos quando foi selecionada para para viver a protagonista feminina, e os vestidos usados por ela exploram motivos modernistas e art-déco.

Foi o último filme brasileiro lançado com a trilha sonora gravada pelo processo Vitaphone (som gravado em discos).

Primeira trilha musical organizada pelo maestro, compositor, pianista e arranjador Radames Gnatalli, que escreveu duas canções para o filme.

O ator protagonista, Durval Bellini, era remador do Flamengo e participou das Olimpíadas de Los Angeles em 1932, interrompendo as filmagens. Na condição de Polícia Especial, foi o carcereiro de Luis Carlos Prestes, após sua prisão em 1935. Bellini contava que o prisioneiro era bastante afável e nunca deu trabalho.

O afamado diretor de fotografia Edgar Brasil faz uma ponta na cena do bar, e o produtor Adhemar Gonzaga faz uma participação na cena do açude.

Em algumas cenas o ator Durval Bellini, de tão forte que era, carrega o câmera nos ombros.

A locação da sequência de abertura é o famoso Palacete Martinelli, na Av. Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

O palavra ganga significa rotineiramente impureza, mas, no jargão dos garimpeiros das Minas Gerais, é a cobertura áspera, bruta e feia que envolve a pepita de ouro ou diamante. A ganga enganaria o observador desatento."

- Alice Gonzaga é escritora, pesquisadora, produtora, diretora e empresária do ramo cinematográfico; é filha de Adhemar Gonzaga, fundador da Cinédia.

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