O Mês que Não Terminou
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Pode-se dizer dos protestos massivos de junho de 2013 o mesmo que uma antiga liderança do Partido Comunista Chinês teria dito, em 1972, sobre a Revolução Francesa: ainda é muito cedo para avaliar. (A anedota é provavelmente apócrifa, mas não importa: se non è vero, è ben trovato.) Com efeito, junho é o mês que não terminou. Sua irrupção continua produzindo círculos concêntricos na experiência brasileira. Embora seu sentido intenso, isto é, referente aos protestos do período de 2013/14, esteja em boa medida dominado - seu sentido extenso, ou seja, referente ao conjunto de desdobramentos políticos, sociais e culturais de lá para cá, está bem longe, como se sabe, de ser pacificado. Investigar junho e esses seus desdobramentos, apresentar várias das interpretações mais ricas sobre eles, colocá-las umas contra as outras, fazer emergirem, em suma, os sentidos dominantes do percurso brasileiro de junho de 2013 até aqui, é essa a tarefa desse documentário. Para tanto, entrevistamos vários dos principais intérpretes desse processo: ativistas, cientistas políticos, filósofos, psicanalistas, feministas, economistas... Costurados pelo roteiro do ensaísta Francisco Bosco, seus depoimentos trazem à tona narrativas e contranarrativas acerca dos marcos principais da experiência brasileira nesses últimos cinco anos: os protestos de junho, a atuação de grupos subalternizados, a operação Lava-jato, o impeachment de Dilma Roussef, a ascensão das novas direitas, a prisão de Lula, o conservadorismo e as eleições de 2018. Com o objetivo de se inserir na tradição do cinema-ensaio, a série verbal é densa, embora clara e mesmo didática, enquanto a série imagética se vale de registros diversos: imagens factuais, de arquivo, imagens abstratas, vídeos de artistas contemporâneos. Os diretores Raul Mourão e Francisco Bosco mobilizam relações diversas entre imagem e palavra, ora indiretas, ora conflitantes, ora ilustrativas. Sob tudo isso, a insinuação de que a arte é capaz de informar a matéria histórica e traduzi-la em seus próprios e surpreendentes termos.

Produção: Rodrigo Letier

Roteiro: Francisco Bosco

Som Direto: Henrique Gentil Marcusso , Lia Camargo, Marcelo Noronha, Rodrigo Aquino

Empresa(s) produtora(s): Kromaki

Assistente de Câmera: Barbara Duarte, Binho Tashiro, Gustavo Valadares, Mel Coelho

Produção Executiva: Roberta Oliveira, Sabrina Garcia

Pesquisa: Antônio Venâncio

Direção de Fotografia: Carla Nobre, Fernanda Tanaka, Gustavo Pains, Kika Cunha

Mixagem: Denilson Campos

Montagem: Renata Catharino, Sérgio Mekler

Desenho de Som: Denilson Campos

Colorista : Herbert Marmo

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Etapa/Nível de Ensino: Ensino Médio

Área de Ensino: Ciências Humanas

Componente Curricular/Disciplina: História, Sociologia


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107 min
2020
Brasil
RJ
A14

Diretor: Francisco BoscoRaul Mourão

Elenco: Áurea CarolinaCamila RochaCarla RodriguesJoel Pinheiro da FonsecaMarcos LisboaMarcos NobreMaria Rita KehlPablo CapiléPablo OrtelladoPedro Guilherme FreireReinaldo AzevedoSamuel PessôaTales Ab´Saber

Sinopse: Pode-se dizer dos protestos massivos de junho de 2013 o mesmo que uma antiga liderança do Partido Comunista Chinês teria dito, em 1972, sobre a Revolução Francesa: ainda é muito cedo para avaliar. (A anedota é provavelmente apócrifa, mas não importa: se non è vero, è ben trovato.) Com efeito, junho é o mês que não terminou. Sua irrupção continua produzindo círculos concêntricos na experiência brasileira. Embora seu sentido intenso, isto é, referente aos protestos do período de 2013/14, esteja em boa medida dominado - seu sentido extenso, ou seja, referente ao conjunto de desdobramentos políticos, sociais e culturais de lá para cá, está bem longe, como se sabe, de ser pacificado. Investigar junho e esses seus desdobramentos, apresentar várias das interpretações mais ricas sobre eles, colocá-las umas contra as outras, fazer emergirem, em suma, os sentidos dominantes do percurso brasileiro de junho de 2013 até aqui, é essa a tarefa desse documentário. Para tanto, entrevistamos vários dos principais intérpretes desse processo: ativistas, cientistas políticos, filósofos, psicanalistas, feministas, economistas... Costurados pelo roteiro do ensaísta Francisco Bosco, seus depoimentos trazem à tona narrativas e contranarrativas acerca dos marcos principais da experiência brasileira nesses últimos cinco anos: os protestos de junho, a atuação de grupos subalternizados, a operação Lava-jato, o impeachment de Dilma Roussef, a ascensão das novas direitas, a prisão de Lula, o conservadorismo e as eleições de 2018. Com o objetivo de se inserir na tradição do cinema-ensaio, a série verbal é densa, embora clara e mesmo didática, enquanto a série imagética se vale de registros diversos: imagens factuais, de arquivo, imagens abstratas, vídeos de artistas contemporâneos. Os diretores Raul Mourão e Francisco Bosco mobilizam relações diversas entre imagem e palavra, ora indiretas, ora conflitantes, ora ilustrativas. Sob tudo isso, a insinuação de que a arte é capaz de informar a matéria histórica e traduzi-la em seus próprios e surpreendentes termos.

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